O antes e o depois no ensejo das festas juninas

Por Francisco Inacio Pita – Observou-se claramente que, até o final do mês de junho, teremos a realização de muitas festas, principalmente nas cidades do nordeste, porta de entrada das festividades culturais juninas. Muitos políticos estão aparecendo no meio do povo e, segundo informações, alguns até fizeram campanha antes do tempo, já se apresentando como pré-candidatos. Muitas secretarias de cultura, de educação e outras secretarias municipais se juntaram para promover as festas tradicionais desta época.
Com a finalização das festas juninas e início do mês de julho, mesmo não sendo um ano eleitoral, os pretendentes aos cargos legislativos e executivos vão se preparar para a campanha de forma oficial, mesmo faltando mais de um ano. Já estão chegando com uma conversa bonita, se o eleitor não se conscientizar e mudar, eles continuam da mesma forma, sem se esquecer de lembrar que determinado projeto em execução ou já concluído naquela localidade é de sua autoria. Agora, os pequenos e grandes benefícios têm o seu dono ou mais de um proprietário. Se o povo esquecer, será lembrado novamente no ano que vem, por ser oficialmente o ano da campanha. Os políticos aparecem no intuito de lembrar que fizeram ou estão fazendo alguma coisa pelo povo, como se criar, aprovar e destinar as verbas para determinada obra e outros benefícios não fosse parte do seu trabalho ou da sua obrigação.
A maioria do povo reclama das ausências dos gestores e legisladores em suas comunidades, mas não deixa de recebê-los com festas no momento em que eles visitam as suas regiões e principalmente no período eleitoral, sempre tem alguém que os recebe em sua casa com uma grande festa. A maioria dos gestores e legisladores alegam a grande demanda de trabalho para justificar a sua ausência, mas todos entendem que o principal objetivo da maioria desses políticos naquele momento é pedir o voto e prometer mais uma vez.
Na oportunidade, os pretendentes aos novos cargos de gestores e legisladores que será no próximo ano, devem chegar como sempre prometendo, o seu segundo o, quando recebem as reclamações do povo, prometem como nunca e esquecem como sempre e dizem: “se eu for eleito, que depende exclusivamente de vocês, cumprirei à risca tudo que estou prometendo.” Se for como as campanhas anteriores, mais uma vez vai driblar o eleitor que vem sendo enganado há tempo. Vemos claramente que o povo, de forma geral, é mal assistido pela maioria das atuais gestões pelo Brasil afora. A maioria do povo tem memória curta e termina votando em corruptos em troca de ajuda paliativa que não leva a nada, nem para ele, nem para a sua comunidade, seu bairro ou a sua cidade. Outros eleitores votam gratuitamente acreditando que dessa vez o seu futuro representante vai fazer da forma que prometeu, o que não acontece, se formos tomar como base as promessas das eleições adas.
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Não estou falando nada novo, infelizmente essas cenas acontecem em todas as campanhas eleitorais, parece até um jogo onde um ganha e o outro perde, mas para concluir a minha linha de raciocínio, tenho certeza de que quem ganha são os políticos, o povão, como sempre, fica com a menor fatia dos recursos que vem do nosso próprio bolso, através da grande carga tributária que pagamos a cada ano. Isso é coisa do Brasil de Cabral e ponto final. O tempo que a até as eleições para a maioria é somente glória, mesmo faltando mais um ano, alguns eleitores aproveitam para pedir algo e se comprometem em votar naquele que lhe ajudou.
O povo reclama nas emissoras de rádio, nos sites de notícias, mas com a presença dos políticos o ritmo é bem diferente, os concorrentes e assessores estão vacinados contra os aborrecimentos apresentados pelo povo, principalmente da parte daqueles mais bem informados, mas os competidores, no intuito de receber o voto, desculpam tudo, acalmam os mais revoltados com alguma ajuda, afagam uma parte dos estressados com algo que eu sei mais não digo, e, afinal, tudo se resolve naquele momento e marca para depois quando assumir o novo mandato. “Vou trabalhar com afinco e não deixarei faltar nada nessa comunidade.” Os projetos que a maioria apresenta são infalíveis e, se fossem executados como prometido na campanha, deixariam aquela comunidade em nível de primeiro mundo. O difícil é se lembrar do povo depois que assume o poder. O pior é que muitos eleitores recebem ajuda paliativa por baixo dos panos, segundo se comenta, e terminam votando em corruptos que já tiveram contas rejeitadas pelo tribunal de contas dos seus estados, prometeram na eleição ada e não cumpriram e voltam de cara lisa dizendo que agora vai ser diferente. Observamos que a maioria dos políticos leva a melhor porque o povo não sabe votar, tem a memória curta e termina escolhendo mal novamente os seus representantes.
No Brasil, observa-se de forma inédita a convivência entre o povo e os coordenadores do dinheiro público. A maioria dos gestores e legisladores brinca com o nosso dinheiro, gasta de forma desordenada, prova as despesas com documentos e fica por isso mesmo. Tudo porque a própria população, e eu não quero generalizar, ainda existe uma pequena parte do povão que pesquisa e descobre erros absurdos dos nossos gestores e legisladores, mas termina não exigindo explicações durante o momento em que se encontram durante a campanha eleitoral. Muitos eleitores não se preocupam em pesquisar e ver atentamente como está sendo aplicado o dinheiro público, que também é nosso. Muitos es bagunçam durante toda a sua gestão e ficam por isso mesmo. Somente Deus, na sua infinita bondade, poderá mudar a mente de muitos gestores e iluminá-los para gerenciar com responsabilidade, lembrando-se dos seus, mas sem deixar de lembrar e fazer o máximo para o povo. Jesus seja louvado para sempre, amém.
Mote: o que pensa a nossa gente
durante a festa junina.
O povo talvez não pensa
em melhor sua gente
nunca vota inteligente
e recebe a mal recompensa
tem dificuldade imensa
de escolher gente fina
a ambição determina
e não plantar boa semente
o que pensa a nossa gente
durante a festa junina.
Tem político desonesto
que não faz por merecer
pensa apenas em crescer
fazendo o trabalho incorreto
seu trabalho é incompleto
aproveita para si a mina
só pra ele se destina
e segue crescendo a frente
o que pensa a nossa gente
durante a festa junina.
O gestor promove a festa
tira o dinheiro do povo
no outro ano de novo
gasta com povo o resta
não está escrito na testa
quem vai seguir boa sina
o povo sofre a ruína
por não ser inteligente
o que pensa a nossa gente
durante a festa junina.
Finalizo mais uma matéria
de alerta a nossa gente
que tenta ir para a frente
mais não decifra o mistério
não leva o voto a sério
pra ver como se destina
não define a sua sina
de forma muito decente
o que pensa a nossa gente
durante a festa junina.
Muito obrigado a todos e até nosso próximo encontro.
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