VÍDEO: Despejo de esgoto no Rio Piancó causa mortandade de peixes e ameaça abastecimento em cidades da região
“Todo esgoto da cidade cai dentro do rio. Imagine o açude de Coremas... eu acredito que seja uma fossa lá, não é mais um açude”, disse um agricultor em vídeo postado nas redes sociais
Um agricultor da cidade de Conceição, no Vale do Piancó, denunciou nesta semana uma grave situação ambiental: a poluição do Rio Piancó, que a a cerca de 3 km da zona urbana do município. Segundo ele, esgoto doméstico está sendo despejado diretamente no rio, resultando na morte de diversas espécies de peixes e tornando a água imprópria para qualquer uso.
“Todo esgoto da cidade cai dentro do rio. Imagine o açude de Coremas… eu acredito que seja uma fossa lá, não é mais um açude”, lamentou o agricultor, que afirma ter testemunhado a água contaminada prejudicar plantações vizinhas. “Meu vizinho aguou umas laranjeiras e morreram todas”, contou. Entre os peixes encontrados mortos estão curimatãs e traíras, espécies comuns da região.
Cláudio Nepó, repórter da TV Diário do Vale, afiliada da TV Diário do Sertão, em sua participação no programa Olho Vivo, confirmou que diversos pontos de esgoto estão, de fato, despejando resíduos no rio. Segundo ele, especialistas atribuem a mortandade dos peixes à baixa oxigenação da água, causada, possivelmente, pelo excesso de material orgânico e detergentes domésticos lançados no leito do rio.
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Foto: reprodução/redes sociais
Outra preocupação levantada é o impacto que essa poluição pode ter em municípios vizinhos. O Rio Piancó deságua no Açude de Coremas, principal reservatório da região, que abastece diversas cidades. A contaminação desse manancial pode trazer sérias consequências para o abastecimento humano.
Até o momento, a Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (AESA), responsável pelo monitoramento dos recursos hídricos do estado, ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso. No entanto, há expectativa de que entidades ligadas ao meio ambiente tomem providências nos próximos dias.
“Esse é um problema constante, não é de hoje. Mas agora já está atingindo os peixes. E o pior: ainda tem gente que come desses peixes”, alertou Cláudio Nepó.
Foto: reprodução/redes sociais
DIÁRIO DO SERTÃO
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