O esperado ano de 2026 ele chegará?

Por: Saulo Pericles Brocos Pires Ferreira – Meus caros leitores. Desde a posse do atual presidente dos Estados Unidos, que todo mundo, tanto lá como cá, se espera pelo ano de 2026, com as eleições de 2026, e suas eleições. As de lá de meio termo, aqui que se elegem todos os deputados e aqui se elegem dois terços do Senado, os Deputados Estaduais e Federais, e o Presidente da República.
Assim que a extrema-direita assumiu, o novo/velho presidente, assacou uma guerra de tarifas que atingiu a todos os países do mundo, tanto aliados quanto desafetos, segundo especialistas, uma guerra de tarifas tem a seguinte consequência: todos perdem, sem exceção, incluindo inclusive seus mais fortes parceiros, o México, o Canadá e a União Europeia. E o que sempre se notou e sempre se escondeu, é que o buraco é muito mais em baixo: a dívida americana chegou faz tempos a patamares muito elevados em relação aos seus gastos, e isso não é ao governo, que sempre gastou muito além do que arrecada desde o começo do século, principalmente com suas guerras, que nunca deram nenhum lucro ao país desde a Segunda Guerra Mundial. E de lá para cá perdeu todas essas. O belicismo americano não foi capaz de vencer os vietcongs, os rebeldes do Iraque, nem os Talibã, jogando fora trilhões de dólares que deveriam ser investidos de outra forma com mais retorno. Essa situação já se delineava com Bush (2008), Obama, no primeiro governo Trump e com Biden, mas com a vitória dos republicanos nessa última eleição, a situação chegou a um ponto em que o Secretário do Tesouro americano declarou que renegociar a dívida cujos vencimentos são em grande parte vencíveis nesse ano, já não é uma opção, e por mais que se queira cortar gastos, o tal MAGA (Make América Great Again), Fazer a América Maravilhosa Novamente, de per si, já denota sua decadência: foi e já não é, pois se ainda é, para que o novamente?
Então o que está ocorrendo desde o começo de abril? Com as novas tarifas, que desde o começo do novo governo não param de mudar, e com as novas medidas sobre importação, exportação, deportação de imigrantes, entre muitas outras; o resultado foi que os Estados Unidos se tornaram um país pouco confiável para os investidores tanto internos, quanto externos, e já se sente os ativos financeiros e os investimentos que tinham como destino final o porto seguro americano, fossem desviados para outros ativos mais confiáveis, como o ouro.
O recentemente falecido presidente Jimmy Carter, perguntado sobre se a china iria ultraar os Estados Unidos como a maior potência mundial, fez a seguinte afirmação: é uma possibilidade real, pois desde o ano de 1979, quando eu reestabeleci as relações diplomáticas com a China, nosso país já se envolveu em mais de 20 guerras, enquanto a China nunca investiu seu capital em tecnologia. Assim, com o ar do tempo, a China está cada vez mais forte nesse setor, enquanto nós ficamos perdendo tempo e dinheiro em soldados e armamentos.
Mas aonde pode se situar o Brasil nessa batalha de gigantes, em que uma potência emergente tenta se consolidar perante a comunidade internacional, enquanto a outra potência que consolidou sua hegemonia desde a Primeira Guerra Mundial faz todos os esforços para manter sua hegemonia que foi incontestável sobre todo o mundo durante um século, e tenta de todas as formas possíveis manter esse status?
Ainda temos que considerar o seguinte: os Estados Unidos tem a maios marinha do mundo, o mais bem equipado exército, e é uma grande potência nuclear, e se quiser, pode usar desses recursos.
E aonde fica o Brasil nessa “briga de cachorro grande”? a melhor posição é se manter no seu lugar haja vista nossa distância do centro desses acontecimentos: auferindo os ganhos possíveis quando for o caso, e na impossibilidade da auferição desses ganhos, minimizar as possíveis perdas, ou seja: atuar como um discreto coadjuvante nessa guerra tarifária, aonde no tempo em que durar, não haverá vencedor.
Assim, não se pode esperar o que venha em 2026, pois nada é certo que conseguiremos ar esse ano de 2025, sem que tenhamos grandes sobressaltos, novas novidades não esperadas. O inacreditável acontecendo praticamente a cada dia.
O que acontece no mundo todo, certamente terá repercussões muito expressivas no que acontecerá nas eleições brasileiras.
João Pessoa, 28 de maio de 2025.
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