VÍDEO: Após fala de ministro, engenheiro reforça viabilidade de reativação de ferrovia cruzando a Paraíba
Fernando Figueiredo reforçou que a área por onde a antiga linha férrea cruzava o estado — do Sertão até João Pessoa — já está integralizada à União e, portanto, poderia ser reaproveitada sem necessidade de novos processos de desapropriação
Em sua participação nesta terça-feira (10) na coluna Diário de Obras, do programa Olho Vivo, na Rede Diário do Sertão, o engenheiro civil Fernando Figueiredo voltou a falar sobre o assunto: ferrovias.
O tema veio à tona após a fala do ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, que avaliou a proposta do governador João Azevêdo (PSB) de que a conclusão da ferrovia Transnordestina, ligando Eliseu Martins (PI) ao Complexo Industrial e Portuário de Pecém (CE), pode facilitar a ligação de Cabedelo ao Porto de Suape, em Recife, através de uma linha férrea.
Fernando comentou o assunto e voltou a falar das estações abandonadas na Paraíba. Ele defende a reativação da ferrovia que corta o estado do Sertão ao Litoral. “Reformar é algo muito caro, inviável, porém a gente tem um espaço já público, já demarcado, cruzando o estado inteiro, [mas] jogado, abandonado. É um espaço integralizado, um espaço da federação que é onde funcionava a antiga ferrovia”, argumentou.
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Especialistas – Figueiredo reforçou que a área por onde a antiga linha férrea cruzava o estado — do Sertão até João Pessoa — já está integralizada à União e, portanto, poderia ser reaproveitada sem a necessidade de novos processos de desapropriação. “Sempre fica a pergunta se vale a pena. Com base em estudos feitos por especialistas, a resposta é sim, desde que seja em conjunto com outros setores, como a agricultura”, ressaltou.
Vantagens – Para o engenheiro, a principal vantagem da reativação ferroviária na Paraíba seria o transporte de cargas. A exemplo da Ferrovia Transnordestina e da chamada “Ferrovia do Ferro”, que têm como foco o escoamento de minérios e mercadorias, uma linha que cruze o estado facilitaria a logística de exportação, impulsionando diretamente o Porto de Cabedelo. O setor agrícola também seria um dos grandes beneficiados.
“Uma ferrovia dessa magnitude ajudaria a reduzir o tempo de transporte, aumentaria a demanda pelo porto e ainda aliviaría as rodovias, que sofrem com o tráfego pesado de caminhões e carretas”, explicou.
Apesar do otimismo, o engenheiro reconhece os desafios. A construção de uma nova ferrovia do zero exigiria um investimento altíssimo. No entanto, o fato de a zona da antiga linha férrea já estar demarcada e ser de domínio federal representa uma vantagem estratégica. “A zona de linha férrea é toda nacional, já é desmembrada, desintegrada e já pode ser funcional para qualquer coisa”, concluiu.
Fernando Figueiredo é engenheiro civil e professor universitário. Inscreva-se em seu canal do Youtube: Canal do Fernando Figueiredo ou e seu Instagram: @fernandofigueiredos.
DIÁRIO DO SERTÃO
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